Eae galera, mais um Domingos de Corrida na área! E que corrida que foi esse GP da China hein! Não vou dizer que foi inesquecível e histórica, não é pra tanto, mas dá pra dizer que valeu a pena acordar de madrugada para assistir a reação da McLaren.
Apesar de eu achar o Hamilton meio mimado é bom ter esperanças de que a RBR não será sempre ridiculamente rápida como foi nos treinos. E finalmente parece que o tal DRS de fato está servindo ao seu intento, tudo bem que pode tornar as ultrapassagens artificiais, mas que algumas foram bonitas, isso foram!
Mas vamos ao que interessa: videogame!
Hoje eu vou comentar sobre um game que joguei bastante quando eu não dava sossego para o meu Nintendo64 velho de guerra, seu nome é Extreme-G.
Eu não sei onde teria tido inicio o gênero “corrida futurista”, geralmente lembramos inicialmente de F-Zero que parece ter sido o primeiro game do tipo a ter feito sucesso e chamado a atenção, mas eu já tinha tido contato com Galaxy 5000 do NES um pouco antes. O fato é que o gênero só se popularizou mesmo no PlayStation, tendo seu maior expoente WipEout (sim, é assim que se escreve mesmo) e alguns similares como Jet Moto, Impact Racing entre outros.
DA ESQUERDA PARA DIREITA: GALAXY 5000, WIPEOUT, JET MOTO E IMPACT RACING (CLIQUE NA IMAGEM PARA VER NO TAMANHO ORIGINAL)
Agora eu sei que é meio injusto classificar alguns games do N64 assim, mas o fato é que muitos foram considerados na época como “tapa buracos”, ora preenchendo lacunas de
bons games somente encontrados na concorrência, ora servindo como “tira-gosto” para futuros lançamentos do console.
bons games somente encontrados na concorrência, ora servindo como “tira-gosto” para futuros lançamentos do console.
Não sei se foi intencional (provavelmente sim), mas percebendo que o console não poderia fazer frente ao número de lançamentos que o PS1 possuía, a Nintendo meio que adotou uma tática de anunciar e atrasar lançamentos para manter o interesse do público na plataforma. Foram inúmeros os casos como Ocarina of Time, F-Zero, Conker’s, Perfect Dark, entre outros, podemos até colocar o “sempre iminente” lançamento do 64DD nessa. Com isso muitos games acabavam nessa classificação de jogos para matar a ansiedade, onde foi, injustamente, colocado Extreme-G. Lembro de ter visto numa revista da época a seguinte manchete: “Enquanto F-Zero 64* não chega, divirta-se com Extreme-G”. Aconteceu algo parecido com Quest 64, quando todo mundo esperava ansiosamente por Zelda.
Sacanagem, Extreme-G tinha méritos para brilhar por si só, sem precisar embarcar na onda de F-Zero X. No game ao invés de se usar carros com visual pós-apocalíptico ou naves no estilo hovercrafts como F-Zero ou WipEout, a gente pilota motocas futuristas, e o visual das mesmas até que não era ruim, apesar de cenários e pistas se destacarem mais.
O jogo tinha bons gráficos da época, bem ao estilo N64, como poucos detalhes, mas boa qualidade das texturas. E o mesmo ainda brincava com isso, usando algumas passwords (saudades de usar passwords) para distorcer os gráficos aplicando alguns filtros ou deixando apenas em modo wire. Uma coisa engraçada é que um destes códigos removia alguns filtros de tratamento do N64, o que levou algumas revistas a descreverem o efeito como “deixar o game com cara de PlayStation”.
Além de ser um game de corrida, o jogo contava com elementos de shooters como power-ups de ataque e defesa variados, além disso, todas as motos possuíam um tiro básico específico que precisava ser recarregado com itens coletados nas pistas. A sensação de velocidade era o melhor do jogo, acho que este é um dos melhores games do console neste sentido. Muitas vezes a sensação de velocidade chega a ser superior a maioria dos games de corrida da plataforma, e até mesmo F-Zero X! Some a isso ótima jogabilidade e um som techno que não tem nada de espetacular, mas que também não atrapalhe em nada e você pode ter um ótimo game de corrida para passar o fim de semana numa nostálgica sessão com o N64, ainda mais se levarmos em conta que games de corrida não foi um dos fortes da plataforma.
A seqüência foi lançada pouco tempo depois, XG2 como era apelidado na própria embalagem, melhorou todos os aspectos em relação ao primeiro game, tinha gráficos bem melhores, maior número de pistas e motos e vários outros modos de jogo como combate e mini-games para multiplayer, mas a única diferença foi justamente o que determinou seu fracasso, o game perdeu toda a velocidade frenética do antecessor e isso matou o jogo. Ainda houve um terceiro game para PlayStation 2 e GameCube, mas o mesmo não conseguiu inovar muito e era apenas um bonito game de corrida com gráficos bacanas para época. Teve também um tal de XGRA**, também para PS2 e GC, além de XBox, mas esse eu ainda não joguei.
Hoje eu não sei o que foi feito dos direitos sobre o game, provavelmente foi comprado por alguma obscura developer após a quebra da Acclaim e no momento jaz esquecido em alguma gaveta empoeirada. Uma pena, já que tinha potencial para se manter com um bom numero de fãs que hoje andam meio carentes de bons jogos no estilo.
Bom pessoal, por hoje é só, próximo GP é na Turquia e se a RBR não se mexer pra acertar aquela tralha do KERS vai acabar sobrando nequele curvão de "quatro pernas" ! Até lá com mais um game no Domingos de corrida!
*Antes do lançamento, F-Zero X era chamado de F-Zero64.
** UPDATE - Joguei XGRA esses dias atrás, e me surpreendi. Fizeram uma espécie de modo carreira com evolução e personagens, bem raso é verdade, mas bacana. O que chama a atenção são os gráficos e velocidade frenética! O som também não é ruim, vale a pena dar uma conferida!
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