sábado, 25 de setembro de 2010

Videogame prepara o cérebro para tarefas complexas, diz pesquisa

Estudo canadense mostra que jogadores podem desenvolver habilidades visuais e motoras com área cerebral diferente.

Pesquisadores da Universidade de York, no Canadá, descobriram o que jogadores assíduos de videogame já sabiam: a atividade traz muitos benefícios. Segundo os cientistas, jogar videogame pode ajudar a desenvolver uma combinação de habilidades motoras e visuais para a realização de tarefas complexas.

De acordo com a pesquisa, publicada na edição de outubro da revista científica Cortex, os homens estudados que mais jogavam videogame usavam uma área diferente do cérebro para realizar tarefas difícieis e tinham melhor desempenho nos testes.

O estudo comparou um grupo de 13 homens com cerca de 20 anos que jogaram videogames pelo menos por quatro horas semanais nos últimos três anos com outro grupo da mesma faixa etária que não praticou a atividade. Os homens foram colocados em um aparelho de ressonância magnética enquanto realizavam tarefas complicadas, como usar controles e olhar para uma lado enquanto tentavam se locomover para o outro.

"Com a ressonância, fomos capazes de mensurar quais áreas do cérebro são ativadas em determinados momentos durante o experimento. Testamos como habilidades adquiridas com o videogame podem ser transferidas para novas tarefas, mais do que só verificar a atividade cerebral enquanto o indivíduo joga", disse Lauren Sergio, professor da Faculdade de Saúde da Universidade de York ao site da Universidade de York.
Os cientistas verificaram que as pessoas que não jogavam videogame, durante as tarefas, ativavam uma parte do cérebro chamada córtex parietal – área normalmente relacionada à coordenação entre mãos e olhos. Enquanto isso, os jogadores mostraram aumento da atividade na área do córtex pré-frontal, que fica na parte da frente do cérebro.

Descobrir que o uso de habilidades visuais e motoras pode reorganizar como o cérebro trabalha pode oferecer esperança a futuras pesquisas sobre pacientes com Alzheimer, que tem dificuldades para completar tarefas motoras simples.
Os autores dizem que no futuro pode ser interessante estudar o impacto de jogos diferentes e da quantidade de tempo dedicada à atividade e também estudar mulheres que jogam, já que em estudos anteriores os padrões cerebrais foram diferentes entre os sexos.

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